terça-feira, 2 de agosto de 2016

UMA TENDÊNCIA NA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEIS


Veículos elétricos geram poupança superior a 80% nos custos com combustíveis





O uso de veículos elétricos pode gerar uma poupança até 84% nos custos com combustíveis em comparação com os automóveis a combustão.
A redução das despesas é uma das conclusões obtidas pelo Emotive – Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia.
A CPFL Energia, empresa que nasceu em São Paulo, no Brasil há mais de 100 anos reuniu no projeto Emotive, carros elétricos da Renault e as conclusões são muito animadoras para o mercado automobilístico em todo o mundo.
Um dos carros usados neste projeto foi o Renault Kangoo. Entre maio de 2014 e fevereiro de 2016, o veículo percorreu uma média de 58 quilómetros por dia perfazendo no total 6,130 mil quilómetros.
O veículo de transporte de cargas permitiu uma poupança de 84% no combustível, comparando com a versão a gasolina. E não falamos aqui na redução das despesas de manutenção (os motores, por serem 100% elétricos não precisam de efetuar mudança de óleo, filtros e velas).
O veículo esteve a fazer serviços de logística, no entanto, o uso para passeios, viagens ou outros gera igualmente uma poupança significativa.
Rinaldo Adriano Ribeiro, gerente da Gestão de Caixa da CPFL Energia utilizou outro modelo da Renault, o Zoe para as suas atividades diárias.
Deslocação para o trabalho, idas ao supermercado e levar e ir buscar os filhos à escola foram algumas destas atividades diárias realizadas por Rinaldo entre julho de 2015 e janeiro de 2016, em Campinas, no Brasil.
A autonomia média do Renault Zoe foi calculada em 119 quilómetros. O Zoe fez um total de 6,214 mil quilómetros e o veículo foi abastecido num entreposto residencial colocado em sua casa.
O Zoe permitiu uma poupança de 55% comparativamente com um veículo a gasolina não incluindo aqui, obviamente os gastos da manutenção que, como já vimos são inferiores a um veículo a gasolina.
Um veículo elétrico responde assim facilmente às necessidades urbanas dos automobilistas ainda que, o tempo de autonomia e necessidade de recarga sejam aspetos a ser melhorados.
O excelente custo-benefício em relação a veículos a gasolina e emissões de gases poluentes inexistentes são vantagens que podem tornar estes carros mais atrativos aos olhos dos potenciais clientes.
Soma-se ainda o facto da condução de um veículo elétrico ser bastante silenciosa.
O passo ambiental que se está a dar com os veículos elétricos é bastante significativo: contribuem para uma melhoria da qualidade do ar e ajudam a combater as mudanças climáticas.
Fonte: Portal das energias renováveis

segunda-feira, 2 de maio de 2016

NOVA TECNOLOGIA DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

Painéis solares fotovoltaicos que geram energia com a chuva

paineis-solares-fotovoltaicos-chuva
Um novo tipo de células solares fotovotaicas desenvolvidas por uma equipa de cientistas em Qingdao na China pode ter mudado o modo como usamos os painéis solares, e isso pode acontecer num futuro bem mais próximo do que o que se pensa.
Os painéis solares fotovoltaicos permitem a produção de energia elétrica através da energia solar e desta forma pode-se tornar por exemplo uma habitação autónoma e isolada da rede elétrica tradicional. Mas esta tecnologia sempre teve a grande desvantagem de os painéis solares apenas produzirem energia quando existem boas condições climatéricas.
Num dia chuvoso e ventoso não era até hoje possível obter um bom rendimento do painel fotovoltaico, sendo que nestas alturas era necessário recorrer a sistemas de armazenamento de energia.
Enquanto ao longo destes últimos anos as empresas e engenheiros andaram a melhorar a eficiência dos painéis solares e as capacidades de armazenamento nunca pensaram em como produzir energia com estes painéis em situações climatéricas adversas.
Os cientistas chineses conseguiram dar a volta a essa situação, produzir energia a partir das gotas da chuva.
Pode parecer um contra senso, porque chuva faz lembrar nuvens que tapam o sol, e sem sol as foto células, supostamente, não produzem energia. Mas esta nova tecnologia vem revolucionar o mercado de painéis solares e fazer com que a chuva que cai nas placas possa gerar energia elétrica.
Estes novos painéis irão produzir energia quer com os raios solares, quer com a chuva em pleno inverno.
Estes painéis solares estão a ser desenvolvidos em Qingdao na China. Ao contrário da maioria das células solares já existentes no mercado, estas têm uma particularidade: são fabricadas apenas com uma única folha de grafeno. A parte inteligente é que a água da chuva não é pura, pois contém outros compostos como o amónio, cálcio e sódio, que se tornam em iões quando estão numa solução.
Quando esta água se deposita na camada de grafeno, cria aquilo a que é chamado de “pseudocondensador” (pontos de carga em desequilíbrio em que os eletrões são enviados de um lado para o outro). A carga em desequilíbrio é basicamente apenas uma diferença de potencial, o que significa que os investigadores podem utilizar o processo para capturar energia.
Membrana da folha de grafeno
Membrana da folha de grafeno
No entanto nem tudo está bem ainda…
Este painel solar possui apenas uma eficiência de 6,5% em boas condições solares, valor muito reduzido quando comparado a outras tecnologias de painéis solares que rondam os 20% de eficiência.
Temos por exemplo o fabricante Panasonic que afirma que desenvolveu o painel solar fotovoltaico mais eficiente de sempre com uma conversão total de 22.5% da luz solar.
Quando a energia elétrica é produzida pelas gotas de chuva, o sistema apenas consegue gerar tensão elétrica que ronda valores de microvolts.
Contudo não se deve menosprezar esta ótima ideia, esperemos é que seja aperfeiçoada de modo a ser mais promissora num futuro próximo.

CONTA DE LUZ


Conta de luz: a bandeira rosa, a laranja e a verde-musgo *Diogo Mac Cord de Faria Apertem os cintos: a loucura voltou ao setor elétrico. Após uma redução de 20% em 2013 e um aumento de mais de 100% em vários estados entre 2014 e 2015, as bandeiras tarifárias passaram a ser notícia nos jornais da noite. Todo fim de mês é a mesma coisa: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa à mídia se, no mês seguinte, a bandeira será verde, amarela ou vermelha – em alusão aos sinais de trânsito tão conhecidos por todos. Esta metodologia começou no ano passado (após ter sido estrategicamente adiada por conta das eleições presidenciais), e estava começando a ser compreendida pelo cidadão. Fácil. Bandeira vermelha: pare! Há algo de errado (os reservatórios estão vazios!) e precisamos economizar energia elétrica. Bandeira amarela: estamos mais ou menos; e bandeira verde: podemos consumir normalmente. Como infelizmente é muito difícil que esta consciência seja despertada por pura civilidade, cada bandeira tem um preço: nas cores vermelha e amarela, há uma penalidade (maior ou menor), em forma de sobrepreço da energia. Já na verde, não há sobrepreço, e o consumidor paga o valor regular em sua conta mensal. Para que esta lógica faça sentido, é preciso que estes valores sejam conhecidos por todos, e que esta penalidade esteja internalizada em cada residência brasileira. A esposa pegaria no pé do marido que deixasse as luzes ligadas da sala, e o troco viria na hora em que ela fosse secar o cabelo. Por quê? Porque ambos saberiam que o valor do kilowatt-hora aumentaria em “X” reais. No entanto, desde que este mecanismo foi criado, há apenas um ano, o valor da bandeira vermelha já foi de R$5,50 (para cada 100kWh), passou para R$4,50 em agosto passado e, agora, inventaram uma bandeira “rosa” (acabando com a lógica de tão fácil compreensão dos sinais de trânsito!), valendo R$3,50. A bandeira amarela passou de R$2,50 para R$1,50. É muito complicado explicar à maior parte da população que ela precisa economizar, e que caso contrário ela pagará mais pelo consumo, se ela não souber quanto será este sobrepreço. É como dizer que estacionar em local proibido pode render ao infrator uma multa verde, amarela, vermelha, cor-de-rosa, laranja, verde-musgo, violeta ou azul-turquesa, dependendo do humor do guarda. Parece que a Aneel ainda não aprendeu que pior do que uma regra ruim é uma regra que muda a toda hora: uma regra ruim, com o tempo, acaba sendo compreendida e as pessoas se adaptam a ela. Agora, uma regra “camaleão”, que cada dia tem uma cor, um preço e uma forma de aplicação, só confunde em vez de ajudar. Com este sinal quebrado, é de se esperar muitos acidentes neste cruzamento. *Diogo Mac Cord de Faria é engenheiro mecânico, doutorando pela Politécnica (USP) e especialista em infraestrutura pela universidade de Harvard, Estados Unidos. É sócio de regulação econômica de serviços públicos da consultoria LMDM e coordenador do MBA do Setor Elétrico do ISAE/FGV, de Curitiba (PR).